Ei! Onde pensa que vai esfarrapada desse jeito?
Olhe ao seu redor, um bando de roedores fadigados pela ganância do ter;
Camuflados em trajes de gala e perfumes caros;
Ei! Você aí de cabelo curto e casaco de couro com os seios à mostra;
Olhe pra mim sua escrota!
Você me ferrou no passado, carrego uma marca no peito por seu afeto fingido;
Sua formosura me manteve cega até o primeiro corte;
Beleza que atrai e trai, sem uma gota de piedade;
Alucinações aliviam minhas noites de insônia;
O que faço acordada nesse silêncio mórbido?
Ei! Não julgue meu silêncio, pois nele estão meus segredos;
Saberá em breve;
Quero quebrar sua cara, mas não sou estúpida o bastante para mutilar a mim mesma;
É, estou diante do espelho.
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